''A Belgica só exite para aumentar a distância entre a França e a Holanda.Era o que eu pensava no trem que me levava de Paris a Amisterdã, numa viagem feita quando tinha vinte e poucos anos,com Bussunda,Cláudio Manoel e um nosso amigo o Dudu.Até que conheci a pequena cidade medieval belga de Brugge.Tinha tudo para não gostar de lá,mas o lugar me conquistou.
(...)
Já em Amisterdã,eu, brasileiro esperto que achavaque cachecol é frescura,acabei pegando uma febre de uns 40 graus.No dia em que voltaríamos para Paris, Dudu sugeriu uma passagem por Brugge.Convecido pelo grupo,lá fui eu.
(...)Estávamos na dureza total.Ficamos no Bauhaus Hotel,um albergue de estudantes.Em nosso quarto havia 15 pessoas.Mas o lugar era limpo e cheio de gatinhas,além de incluir café na diária.
Saímos pela cidade, eu com a minha febre, resmungando.Caminhamos pelas plácidas ruelas, admirando as belas construções á beira dos canais de brugge, e á tarde a febre já era coisa de Idade Média.Nem lembrava mais dela,completamente fascinado pela cidadezinha.
Na praça central de Brugge (The Market), há uma torre (Belfry Tower) com uns 80 metros de altura.Lá de cima, depois de uma senhora escadaria, a vista é sensacional.
O passeio de barco pelos canais também é imperdível.Á noite, a cidade deslumbra: a iluminação valoriza a beleza de cada construção.
Envolvido por todo aquele romântico, pensei:' E eu aqui com três marmanjos!'.Fiz ,então,uma promessa solene: voltar em melhor companhia.(...)''
In Jornal do Brasil, Rio de Janeiro,8 de abr.2001.
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